O domingo (13) dos católicos rio-grandinos foi de demonstrações de fé e devoção à Nossa Senhora de Fátima, durante a 50ª edição da romaria em homenagem à santa. Milhares de pessoas aproveitaram a manhã de sol para agradecer a proteção e renovar os pedidos de bênçãos.

No ano em que a procissão completou 50 anos, quis o destino que a data coincidisse exatamente com o dia da última aparição de Maria aos três pastorinhos, em Fátima. O ano jubilar foi composto por uma programação especial formada por diversas atividades.

A caminhada de fé contou com a presença de sacerdotes ilustres, como o cardeal emérito da Diocese de Fátima/Leiria, Dom Antônio Marto. O religioso, assim como o ecônomo da Diocese de Leiria, padre Miguel Sottomayor, chegou ao município na última terça-feira (8).

A procissão teve início pouco depois das 09h, com saída da Casa de Formação, na Avenida Presidente Vargas. De lá, os milhares de fieis seguiram em caminhada até o Colégio Marista São Francisco, onde foi celebrada por Marto a tradicional missa campal.

Ornamentada com flores amarelas, a imagem de Nossa Senhora de Fátima foi carregada por uma equipe formada pelos chamados andores, voluntários que integram as paróquias do município. O bispo da Diocese do Rio Grande, Dom Jorge Pierozan, também desempenhou a atividade por um trecho.

O reitor do Santuário de Fátima, padre Peterson Figueiredo, falou sobre a edição especial e destacou o envolvimento da comunidade católica. Segundo ele, a logística de preparação dessa Romaria iniciou ainda no ano ado com a participação de muitas pessoas.

“Preciso agradecer a muitas pessoas, pois foram vários grupos e várias paróquias envolvidas. Como se trata de uma preparação de um ano para o outro, houve muita colaboração nesse período. Realizamos diversas reuniões e saiu tudo dentro daquilo que planejamos”, reconheceu Peterson.

O esforço para garantir a presença de Dom Antônio Marto também foi lembrado por ele. “Um homem de 77 anos que cruzou o oceano, em uma viagem de mais de dez horas até Porto Alegre, e depois até Rio Grande, mas com certeza ele estará levando um carinho muito grande”, afirmou.

Peterson revelou, ainda, que o religioso português gostou bastante do período de convivência com os brasileiros. “Ele gostou muito da alegria, da acolhida e principalmente da fé dos brasileiros. Essa fé viva e alegre que brota do coração. Enfim, temos apenas que agradecer a Dom Antônio Marto”, concluiu.