PROMOTOR DE JUSTIÇA FALA SOBRE CONDENAÇÃO DE ACUSADOS PELA MORTE DE POLICIAL CIVIL

  • O processo tramitou na Segunda Vara Criminal de Pelotas, com as sentenças proferidas pelo juiz de direito José Antônio Dias da Costa Moraes. Foto: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

O assassinato da inspetora da Polícia Civil, Cristina Gonçalves Lucas, completou um ano no último sábado (1) e nesta segunda-feira os três envolvidos na morte foram condenados pelo Poder Judiciário. A servidora pública foi atingida com um tiro na cabeça, durante uma tentativa de assalto na BR 116, nas proximidades do trevo de o ao bairro Fragata, em Pelotas, na companhia do marido, filhos e da própria mãe.

Por ter sido tipificado como latrocínio, crime previsto no parágrafo terceiro do artigo 157 do Código Penal, o julgamento dos réus não foi realizado pelo tribunal do júri, que é competente nos casos dos crimes tentados e dolosos contra a vida. O processo tramitou na Segunda Vara Criminal de Pelotas, com as sentenças proferidas pelo juiz de direito José Antônio Dias da Costa Moraes.

De acordo com o promotor de justiça Márcio Schlee Gomes, responsável pelo oferecimento da denúncia, o trabalho de investigação ficou a cargo da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Pelotas, chefiada pelo delegado Rafael Lopes. "Foram pedidas várias medidas de urgência para a coleta de provas, o Ministério Público sempre deu apoio e o Poder Judiciário deferiu, e houve a prisão desses três acusados", explicou.

Ainda conforme o representante do Ministério Público, o primeiro réu foi condenado a 26 anos e seis meses, o segundo a 25 anos e dois meses e o terceiro a 22 anos. "Eles já tinham praticado vários outros crimes, já tinham envolvimento com furtos e roubos e estavam no regime semiaberto, por isso estavam em liberdade, e vieram a praticar essa atrocidade, fato bárbaro e chocante", afirmou Gomes.

"Foi feita justiça! Nós esperávamos que, com as provas que se tinha, a solução para o caso seria a condenação e o que se espera dessa forma é que, pelo menos, fique o registro para a comunidade de que a polícia fez o seu trabalho, o Ministério Público fez o seu trabalho e o Poder Judiciário também, com a justa condenação dos réus e que a sociedade saiba que nesses casos tão graves há um trabalho por parte dos poderes do estado buscando a realização de justiça", finalizou Márcio.