NÚMERO DE IMÓVEIS PARA VENDA OU LOCAÇÃO CRESCE NO MUNICÍPIO

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Além do preço, os clientes também buscam no mercado opções que lhes proporcionem qualidade de vida
Basta uma rápida caminhada pela cidade para se perceber que o número de imóveis disponíveis para venda ou aluguel vem crescendo consideravelmente. O cenário atual é totalmente diferente daquele vivenciado há pouco mais de cinco anos, quando as opções eram poucas e os valores atingiam patamares jamais vistos.
Para o delegado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 8ª Região (CRECI), Enoir Pereira, o crescimento proporcionado pela instalação da indústria naval alterou a expectativa dos vendedores que de uma hora para outra inflacionaram os preços, mas os escândalos nacionais de corrupção e as demissões em massa mudaram drasticamente o panorama.
Por outro lado, há neste setor construtores e proprietários que não estão preocupados em vender ou alugar rapidamente, o que acaba contribuindo para o aumento da lista de imóveis desocupados. Sobre os valores elevados, Enoir disse que o surgimento de novas construções irá gerar automaticamente uma competição e com isso os imóveis usados deverão ficar mais baratos.
Mas além do preço, os clientes também buscam no mercado opções que lhes proporcionem qualidade de vida e a partir daí, por se tratar de um conceito subjetivo, é preciso analisar as necessidades de cada um caso a caso. “Hoje em dia, quando uma pessoa vai adquirir um imóvel, ela já pensa em todos os itens que poderão lhe proporcionar a qualidade de vida almejada”, explicou Pereira.
No que diz respeito ao financiamento de imóveis usados, algumas linhas de crédito acabaram sendo extintas e os bancos privados entraram em concorrência com a Caixa Econômica Federal, cabendo ao cliente a análise das propostas e taxas de juros de cada instituição antes da contratação. Neste caso, a parte documental do imóvel precisa estar totalmente regularizada para o prosseguimento da negociação.
Mesmo com os problemas atuais, Enoir enxerga o mercado imobiliário rio-grandino com bons olhos e não tem dúvidas em caracterizá-lo como próspero.
Texto e foto: Rodrigo de Aguiar