O baixo efetivo de agentes penitenciários na Penitenciária Estadual do Rio Grande (PERG) coloca em alerta o Gabinete de Gestão Integrada Municipal de Segurança Pública (GGI), coordenado pelo prefeito municipal, Alexandre Lindenmeyer. O relato foi feito pelo diretor da PERG André Michielin da Silva, durante reunião do GGI no início desta semana, no dia 16. A preocupação aumenta diante do cenário nacional de rebeliões, quase que diárias, em diversos presídios do país.

Segundo os dados apontados, há uma superlotação na Penitenciária, com o registro de 1035 detentos para a capacidade total de 568 vagas, contabilizando engenharia e anexo. Este número é desproporcional ao número de Agentes efetivos. Além disso, a redução dos serviços extraordinários, na ordem de 900 horas extras, contribui para o aumento de riscos à segurança de todos.

Diante deste cenário a Prefeitura do Rio Grande e o Ministério Público, através da Promotora de Justiça Valdirene Sanches Medeiros Jacobs, encaminharam à Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul e à Superintendência de Serviços Penitenciários, ofícios relatando o ocorrido e sugerindo a reposição de no mínimo 10 (dez) servidores, assim como a deliberação de pelo menos 25% a mais de horas extras aos servidores da PERG, a fim de recuperar a capacidade operacional da penitenciária, na tentativa de evitar uma tragédia anunciada.

Os documentos sugerem ainda que persistindo a insegurança relatada seja o caso de interditar-se a Penitenciária Estadual do Rio Grande, com a colocação dos presos em outros locais, até que a questão seja resolvida.

O Prefeito do Rio Grande, solicita ainda ao secretário de segurança pública uma agenda de trabalho, para tratar de outras pautas importantes junto ao Legislativo e representantes da comunidade.

Texto: Assessoria de comunicação PMRG

Foto: Karoline Ávila/Rádio Gaúcha