Os olhares dos rio-grandinos foram direcionados para o céu, no início da tarde desta segunda-feira. O motivo foi o eclipse do sol, que na região sul do Brasil atingiu 60% de cobertura, e na Argentina e no Chile foi visto de forma total. A de céu azul e com algumas nuvens não impediu a realização dos registros fotográficos nos mais diversos bairros da cidade.

De acordo com o professor do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e coordenador do projeto Astro&Física, Marcelo Schappo, é muito perigoso olhar o fenômeno a olho nu, pois o brilho do sol e o calor podem trazer danos à retina. O ideal, segundo ele, é observar utilizando o chamado vidro de solda, que é vendido em lojas de materiais de construção.

O dia virou noite por alguns minutos na Argentina e no Chile, fato que atraiu muitas pessoas para a rua. Fazendo uso de máscaras, elas observaram atentamente o evento astronômico que consiste na agem da lua em frente ao sol e sua sombra é projetada no planeta causando a sensação de escuridão momentânea.

Segundo o site de Astronomia e Astrofísica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o último eclipse visto no sul do Brasil nos mesmos moldes do assistido nesta segunda-feira aconteceu em 11 de julho de 2010. Ainda conforme as projeções realizadas, um fenômeno como este não será visível no país pelo menos até o ano de 2045.

O próximo eclipse que poderá ser acompanhado pelos brasileiros será o parcial da lua, que acontecerá nos dias 18 e 19 de novembro de 2021. Depois desse, o próximo será o eclipse total da lua que tem data prevista para os dias 15 e 16 de maio de 2022. A lista completa dos fenômenos pode ser conferida clicando aqui.