HU-FURG RECEBE RESPIRADORES E ABRIRÁ 20 LEITOS SEMI-INTENSIVOS

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Desde os primeiros anúncios sobre a doença, o HU-Furg vem trabalhando em parceria direta com os órgãos competentes para prestar assistência à população. Foto: Diuvlgação/HU-Furg
A chegada de 20 respiradores pulmonares adquiridos pelo Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. da Universidade Federal do Rio Grande (HU-Furg) se caracteriza como uma boa notícia para Rio Grande e região. Os equipamentos foram comprados por meio de um esforço coletivo da Governança e da Gerência istrativa do Hospital e vão equipar a Unidade de Clínica Cirúrgica, que foi adaptada para receber leitos semi-intensivos destinados ao atendimento exclusivo covid-19.
Desde os primeiros anúncios sobre a doença, o HU-Furg vem trabalhando em parceria direta com os órgãos competentes para prestar assistência à população. Nesse contexto, o Hospital tem realizado ações e adequações de sua infraestrutura para o atendimento dos pacientes suspeitos ou infectados pelo novo coronavírus. Entre elas, está a implantação dos 20 leitos semi-intensivos, previstos para serem concluídos este mês.
A obra, iniciada em maio, está sendo realizada com recursos financeiros da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e do próprio Hospital. Com ela, a Unidade de Clínica Cirúrgica foi adaptada para receber os leitos semi-intensivos, dotados de ventiladores pulmonares. O local visa dar e para internar ou dar atendimento aos pacientes encaminhados em estado grave ou que necessitem de cuidados semi-intensivos.
Com a obra, a área de 507m² foi segmentada do restante do andar, por meio de barreiras físicas, criadas para servir como área de paramentação e desparamentação das equipes assistenciais. Foram necessárias intervenções para renovação da rede elétrica, visando dar e aos novos equipamentos; instalação de prateleiras para monitores e bombas de infusão e de es para soro; e ampliação da rede de vácuo e de oxigênio.
Os banheiros foram reformados, com troca dos componentes de louças e metais, bem como foram instalados novos lavatórios, tanto dentro das enfermarias como nos corredores da Unidade. As portas de o às enfermarias foram substituídas por modelos novos, com proteção em inox, visor e fechamento automático, para dar praticidade e segurança aos profissionais e pacientes. Além disso, todos os ambientes foram pintados.
Para o recebimento dos leitos semi-intensivos, a área teve que atender algumas particularidades como a implantação de um novo sistema de chamado de Enfermagem e a integração dos monitores multiparâmetro de cada leito com a Central de Monitoramento do Posto de Enfermagem. Também, houve a necessidade da instalação de equipamentos portáteis de exaustão, com filtro absoluto, possibilitando criar, em cada quarto, uma zona de pressão de ar negativa, evitando que o vírus se espalhe para os ambientes adjacentes.
Os equipamentos comprados para equipar a Unidade estão chegando aos poucos e sendo testados, um a um. Somente depois desse processo, os equipamentos serão instalados e os leitos estarão aptos para receber pacientes. Além dessa estrutura semi-intensiva, o HU-Furg já disponibilizou quatro leitos de UTI Pediátrica e oito leitos da Área Covid-19 do Serviço de Pronto Atendimento (SPA), que também foi adequada em abril.
O Hospital, ainda, implantou o Laboratório de Apoio Diagnóstico em Infectologia que realiza o processamento dos testes para covid-19, tipo RT-PCR. Paralelo a isso, foram convocados profissionais para atuação exclusiva nas áreas covid-19. Os trabalhadores foram aprovados nos Processos Seletivos Emergenciais e no Concurso Público 001/2019 da Rede Ebserh.
O Superintendente em exercício do HU-Furg, Fábio Lopes, destacou que estão sendo feitos todos os esforços para ampliar o atendimento, principalmente neste momento em que a região apresenta aumento no número de casos de covid-19. “Conseguimos vencer uma das etapas mais difíceis que era a aquisição dos respiradores pulmonares. Os próximos os são: o recebimento dos monitores multiparâmetro, que já foram adquiridos; a conclusão da obra, em fase final; a disponibilidade de recursos humanos e a manutenção de medicamentos. Em especial, esses dois últimos, precisam de atenção, pois temos falta de profissionais no mercado e de medicamentos para intubação, mas estamos trabalhando para solucionar todas as questões e colocar a nova área em funcionamento até o final deste mês”, explicou Lopes.